terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A onde se planta AMORA por Edna Freitas

Nos descaminhos pedregosos onde a realidade da educação pública brasileira trilha, assistimos estardecidos o projeto AMORA. Trata-se de uma escola piloto de horário integral onde crianças e jovens executam uma série de atividades diárias, baseadas em projetos pedagógicos de toda a escola participa, inclusive os funcionários de apoio. Todos em trol de um só objetivo: a educação construida dia a dia no contexto dinâmico da escola.
Amigos, os sonhos são possíveis?
Sim, muito antes desta data Darcy Ribeiro e Brizola já deslumbravam esta escola, são os CIEPs no projeto original de sua fundação. Por se tratar da escola pública, localizadas  em áreas pouco privilegiadas, atendendo a classe social menos favorecidas e sofrendo os desmandos políticos, os centros integrados foram deteriorando até se transformar em o que nós estamos vendo hoje.

Na fase áurea os CIEPs foram referência da educação Redentora de Paulo Freire, bons tempos...Eu trabalhei poucos anos nesta glamour pedagógico. Nesta ocasião em alguns anos atrás , um visitante me perguntou porque as crianças não fogem do ciep, já que seus muros são baixos e vazados? Respondi orgulhosa: Aqui é a casa deles, não fugimos da nossa casa, muito pelo contrário, muitos não querem ir embora. Velhos tempos..
Hoje, vendo o trabalho dos educadores  da AMORA, com o perfil estabelecidos por este projeto. Deslumbramos a escola perfeita, com alunos interessados, curiosos, com professores cumprindo a carga horária em um só estabelecimento de ensino, o salário compatível com a formação, sem termos a necessidade de pular de escola em escola.  O sucesso é garantido.
 Amigos, onde se planta AMORA? Na terra onde os sonhos são possíveis?!
Não, onde a terra é fertil e os agricultores da educação não precisem cultivar em tantos pomares nestes caminhos pedregosos da educação.

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